Economia e Coronavírus
Textos de Docentes do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ sobre os efeitos econômicos e sociais decorrentes do coronavírus.
Os textos publicados são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo a opinião do NEPE ou do Departamento de Ciências Econômicas.
Gustavo Moreira e Douglas Ferreira
Professores do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ
NOVO!
Texto: Divulgação dos dados de auxílio emergencial no município de São João del-Rei, MG (14/08/2020)
Nesse texto, são divulgados e analisados os dados referentes ao auxílio emergencial concedido aos residentes do município de São João del-Rei, durante o período de abril a julho de 2020.
Texto: Acesso ao crédito para micro e pequenas empresas continua sendo um desafio em tempos de pandemia (01/07/2020)
Os primeiros surtos de dissipação do novo coronavirus ocorreram em janeiro de 2020, atingindo países da Ásia e Europa. No Brasil, a pandemia ganhou notoriedade a partir de março, quando da ocorrência do primeiro caso de infecção seguido de morte. Desde então, esse fenômeno tem afetado as atividades rotineiras da população brasileira, com as esferas governamentais direcionando esforços para a reclusão das pessoas no domicílio, para evitar a dissipação da COVID-19 e a consequente super utilização do sistema de saúde. Essa decisão implicou, por exemplo, no fechamento de estabelecimentos comerciais e de serviços considerados não essenciais. Como resultado, as esferas federal e estadual também tiveram que agir por meio da criação de políticas anticíclicas capazes de mitigar os efeitos econômicos adversos da retração do emprego e da renda. Uma das políticas mais conhecidas foi a do auxílio emergencial, garantindo renda básica àqueles enquadrados nos requisitos previamente definidos.
Douglas Ferreira e Gustavo Moreira
Professores do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ
Texto: Notas sobre o COVID-19 na América Latina e no Caribe (01/06/2020)
Na América Latina e no Caribe, no momento em que o presente texto foi concluído, haviam sido registrados pela Organização Mundial da Saúde – OMS1 806.246 casos de contaminação de pessoas pelo Covid-19 (391,2 mil deles, ou mais de 48%, apenas no Brasil), com um total de 43.424 mortos (no Brasil, mais de 24,5 mil, ou mais de 56%). A região, formada por um total de 34 nações(excluídos possessões e territórios do Reino Unido, dos Países Baixos e dos Estados Unidos da América – EUA), passou a ser considerada, pela OMS, como o novo epicentro da doença no planeta.
Múcio Tosta Gonçalves
Professor do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ
Texto: A América Latina é o novo epicentro da pandemia? (25/05/2020)
No dia 22 de maio de 2020, a Organização Mundial de Saúde afirmou que “em um sentido a América do Sul se transformou em um novo epicentro da doença, vimos muitos países com números aumentando de casos e claramente há uma preocupação em muitos desses países. Mas o mais afetado é o Brasil”2 Na noite de 21 de maio de 2020, o Ministério da Saúde anunciou que o país havia rompido a barreira dos 20 mil mortos e o número de novos casos só foi menor que o verificado nos Estados Unidos da América (EUA). Diante dessa situação cada vez mais tenebrosa, é necessário tentar compreender a situação nacional através de uma comparação com o que está ocorrendo em outros países, pois só assim saberemos se a condução das políticas internas estão obtendo resultados em linha com os obtidos ao redor do mundo. Obviamente, cada país conta com suas próprias peculiaridades e idiossincrasias, portanto, o objetivo deste estudo não é oferecer uma resposta definitiva, mas ao contrário, interrogar quão particular é a situação vivida pelo país neste momento.
Thiago Periard do Amaral e Norberto Martins Vieira
Professores do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ
Gustavo Moreira*, Douglas Ferreira* e Franciele Almeida**
*Professores do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ
** Estudante do Curso de Ciências Econômicas da UFSJ
Texto: Comércio exterior de São João del-Rei melhora perspectivas quanto ao PIB do município em tempos da COVID-19 (18/05/2020)
A cidade de São João del-Rei possui papel fundamental para a região do Campo das Vertentes dada a sua relevância no âmbito educacional, cultural e econômico. Isso não é diferente quando se analisa as relações comerciais que o município mantém com outros países. Para o ano de 2019, o município foi o 56º de Minas Gerais em valores de exportações e importações de mercadorias, estando entre os 10% dos municípios do país com maior valor de transações comerciais com o exterior. Em valores monetários, o município exportou, no ano de 2019, mais de 64 milhões de dólares em produtos e importou mais de 13 milhões de dólares, gerando um saldo da balança comercial (diferença entre valores das exportações e importações) para o município de mais de 51 milhões de dólares.
Texto: O avanço do Covid-19 para cidades do interior e a gravidade da flexibilização do distanciamento social (11/05/2020)
Em pouco mais de dois meses da presença do novo Coronavírus no Brasil, com quase 10.000 mortes, chegamos ao estágio de maior preocupação com as cidades do interior. O COVID-19 avança para essas cidades e esbarra em um problema antigo: a infraestrutura precária do sistema de saúde. Em São João Del Rei, a realidade não é diferente. Para atender à população de aproximadamente 90 mil habitantes (IBGE, 2019), a cidade conta com dois hospitais para internações e quinze leitos de UTI’s4 (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO COVID-19 SÃO JOÃO DEL REI, 2020), geralmente, utilizados pelos pacientes com a versão mais grave da doença.
Verônica de Castro Lameira e Aline Cruz
Professoras do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ
Texto: É hora de abrir? Uma breve análise sobre as tendências de contaminação por COVID-19 nos 11 países com maior número de infecções. (02/05/2020)
No dia 28/04/2020, o atual ministro da Saúde brasileiro, Nelson Teich, ao comentar sobre a evolução da curva de casos e mortes em decorrência do novo coronavírus disse que “o que tem que ficar claro é que é um número que vem crescendo. Há uns dias atrás eu falei que poderia ser um acúmulo de casos de dias anteriores, que foi simplesmente resgatado. Mas como a gente tem a manutenção desses números elevados e crescentes, temos que abordar isso como um problema, como uma curva que vem crescendo, como um agravamento da situação”. Este breve artigo busca justamente verificar a correção desta afirmação do ministro face as dinâmicas de contaminação observada nos países com maior numero de infecções pelo novo coronavírus ao redor do mundo.
Thiago Periard do Amaral e Norberto Martins Vieira
Professores do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ
Texto: Quem cuida de quem cuida? (30/04/2020)
Em meio à crise sanitária e econômica advinda do novo Corona Vírus, nos perguntamos quais os setores mais impactados por essa pandemia, diante da previsão de que 25 milhões de empregos sejam perdidos, ao longo de 2020. Mais importante do que identificar tais setores, reflete mais humanidade a seguinte questão: Quais grupos sociais vulneráveis sofrerão mais com as consequências adversas desse “novo normal” instalado, mais veemente, desde março de 2020. Afinal, estamos numa nação, cuja estrutura econômica tem herança colonial e racista, com forte desigualdade de renda, de gênero e de classe.